domingo, 26 de abril de 2009

Tarefa 2

Olá, queridos alunos, envio os trabalhos da tarefa 2 de todos os colegas.

Angelo

UMA LENDA VENEZUELANA


A SAYONA

A Sayona é o aparecimento de uma mulher elegante e alta, considerada uma castigadora dos homens infiéis. Ela é um relato originário dos planaltos e data da época colonial. Trata-se da história de uma mulher muito ciumenta que matou seu marido e sua mãe, pensando que estes tinham um romance.

Sua mãe, na agonia da morte, amaldiçoou-a, dizendo-lhe: “Sayona, serás para sempre e, em nome de Deus, que assim seja”. Desde esse dia, então, vaga sem descanso nem paz, perseguindo os homens infiéis para conquistá-los e depois matá-los.

No entanto, existem milhares de versões de encontros com a Sayona, que são os que têm popularizado esta mítica personagem. Entre as muitas versões narradas nos planaltos venezuelanos, a seguinte versão encontra-se bastante difundida:

“Uma noite, um homem, enquanto sua esposa dormia, escapou de casa para encontrar-se com sua amante. No meio do caminho, surpreendeu-se ao ver que ela – a Sayona – vinha ao seu encontro, ainda que lhe estranhasse seu caminhar vacilante. Correu por trás dela, mas ao chegar a sua casa, a mulher seguiu de longe. O homem, desconcertado, disse-lhe: “E então? Que foi?”. A amante respondeu: “Quando eu virei, encontrei uma mulher branca com cara de morte, dentes afiados como machados e umas enormes unhas, longas como garras. Ele saiu correndo para sua casa e o animal perseguiu-o com os braços abertos para apertá-lo.”
O homem conseguiu escapar e, ao chegar a sua casa, encontrou-se com sua sogra acordada que, ao vê-lo tão agitado, perguntou-lhe: “Meu filho, o que aconteceu?" O genro respondeu: “Que susto tomei! Saí um momento para fazer xixi e apareceu essa mulher...". “Ai, meu filho, você como quer colocar chifres em minha filha! Deixe disso. Eu lhe digo". – respondeu a sogra.
O homem assegura que, depois daquela experiência, não teve mais vontade de voltar a enganar sua mulher.

Outras versões dizem que a intenção da Sayona é atrair os homens até algum lugar solitário, sem que estes possam ver seu rosto, com a intenção de aterrorizar aquele que a descobrir. Alguns asseguram que, ao ver o espectral rosto da Sayona, vê-se o rosto da própria morte e, se a pessoa não morre do susto ao ver essa horrenda cara, o espanto os atormentará, tomando diversas formas até provocar-lhes um infarto, fazer com que caiam de um barranco ou qualquer outra horrenda morte. Também se diz que a Sayona tem a particularidade de transformar-se, isto é, que pode se apresentar como um cão, um lobo ou como a mulher antes descrita. Todas as versões, porém, concordam que é uma formosa mulher de cabelos compridos negros, que persegue os homens mulherengos. Sempre se costuma terminar esta narração com advertências, como “Portanto, é melhor que aqueles homens que desfrutam, enganando a sua esposa, pensem bem antes que a Sayona apareça para eles."; sendo um relato para assustar os infiéis.

Nota: Para escutar a lenda original da Sayona:
http://www.mifolklorellanero.com/leyendasllaneras/03.php

Eliane

Algumas superstições da França bem conhecidas:
Quando uma moça pisa na cauda do gato, ela não casará neste ano.
Na mesa, nunca cruzar um garfo e uma faca porque traz infelicidade na casa.
Acender três cigarros com o mesmo fósforo traz má sorte.
Oferecer um buquê de lírios do vale no primeiro dia de maio deixa alguém apaixonado e também ajuda na criatividade.
Diz-se que, a ferradura do cavalo, colocada perto da porta de entrada, afasta os maus espíritos. A sua forma em « C » simboliza Cristo.
Se você colocar o pão emborcado na mesa, trará má sorte para a casa.
Encontrar um trevo de quatro folhas quer dizer que vamos nos apaixonar por alguém, por duas razões : é muito raro encontrar tal trevo e as folhas lembram uma cruz.

Ludger

Lenda do Kari-Kari (Bolívia)

A lenda do Kari-Kari apareceu nos tempos da colônia, no altiplano boliviano e região da Cordilheira ocidental e oriental. O Kari-Kari foi um sacerdote jesuíta católico que chegou da Espanha nos tempos da conquista do continente. Na atualidade, as pessoas que vivem na zona rural da Bolívia dizem que veem o Kari-Kari, porque ele é imortal.

A gente conta que o Kari-Kari pode ser escutado de noite, algumas das vezes. Ele é uma pessoa solitária com sua face escondida. Ele se oculta atrás das árvores, na densidade e escuridão da floresta Inter-andina. Tem uma Bíblia em uma de suas mãos; na outra tem um chicote e em seu cinto tem amarrado um sino. O Kari-Kari é temido, porque quando ele está perto de um povo, escuta-se o sino. Quando ele se aproxima das pessoas, ele provoca nelas frio, suor e pânico. Ao mesmo tempo, cria um estado de assombro, em que as pessoas não podem se mover. Neste estado, o Kari-Kari extrai as gorduras da pessoa (na altura do abdômen) com uma fina faca. A forma de extração da gordura é tão perfeita que só fica uma pequena cicatriz. Depois, ele sopra cinzas na face da pessoa. As cinzas são feitas de osso humano queimado, extraído do cemitério. A pessoa termina em um profundo sono. No dia seguinte, a vítima cai enferma e a única forma de sarar é substituindo a gordura perdida com gordura de ovelha preta.

Não existe um determinado tipo de pessoas que são feitas vítimas do Kari-Kari. Dizem que qualquer pessoa pode ser vítima dele, mas ele tem maior preferência pelos bêbados, que regressam a suas casas de madrugada. Com as gorduras, o Kari-Kari acende o fogo para suas macumbas, feitas especialmente para conservar-se imortal e ter poderes sobrenaturais.

Para que ele não apareça para ninguém, as pessoas dizem que se deve rezar continuamente no idioma nativo da região, na língua Aimara, a seguinte frase: "Sarjam Karisiri- Sarjma Karisiri", o que significa "fora Kari-Kari (bis)".

Nas peregrinações prévias à Semana Santa, as aparições do Kari-Kari são mais freqüentes, porque as pessoas dos povos caminham muito cedo pela manhã, desde às 03:00 h até às 6:00 h, para assistir à primeira missa da manhã.

Algumas pessoas acreditam que o personagem mítico não existe mais, mas a extração de gorduras das pessoas é uma realidade, devido à utilização delas na magia negra da região. Muitas das vezes, a prática de extração das gorduras é mal feita e causa nas pessoas graves lesões que podem levar à morte. A polícia recebe muitas denúncias de pessoas desaparecidas atribuídas ao Kari-Kari. Além disso, encontram-se pessoas com marcas no corpo como sinal de que alguém extraiu de seus corpos as gorduras. Dizem que a técnica do Karir-Kari tem melhorado na atualidade e que agora ele usa seringa para retirar as gorduras e usa escopolamina para adormecer as suas vítimas.
As piadas da região também admitem a existência do Kari-Kari, mas dizem que isso só é um tratamento de lipoaspiração gratuito.

Nathalia

LENDA A MÃE-MONTE (COLÔMBIA)

Os camponeses e lenhadores que a viram dizem que é uma mulher corpulenta, elegante, que se veste de folhas frescas e musgo verde, com um chapéu coberto de folhas e plumas verdes. Não se pode ver a face, porque o chapéu a oculta. Há muitas pessoas que conhecem seus gritos e bramidos nas noites escuras e de tempestade perigosa. Mora em regiões com árvores grandes e cheias de folhas, afastada do ruído da civilização e na floresta quente, com animais selvagens.
Os camponeses contam que, quando a Mãe-Monte se banha nas cabeceiras dos rios, eles se turvam e transbordam, causando inundações e tempestades que ocasionam danos espantosos.
Castiga os que invadem seus terrenos e brigam com os fronteiriços; os perjúrios; os ruins; os esposos infiéis; e os vagabundos. Maldiz com pragas os gados dos proprietários que usurpam terrenos alheios ou cortam as luzes dos vizinhos. Aos que estão fazendo coisas ruins, faz com que eles vejam uma montanha inalcançável e impenetrável, ou um emaranhado de arbustos difíceis de se penetrar, apagando-lhes o caminho e sentindo um enjoo de que não se lembram até depois de umas horas; convencidos de não haver sido mais que uma alucinação, uma vez que o caminho que percorreram foi o mesmo.
A lenda é conhecida no Brasil, na Argentina, no Paraguai com nomes como: madreselva, fantasma Del monte, madre Del los cerros.
Dizem que para se livrar das piadas da Mãe-Monte é conveniente ir fumando um tabaco ou caminhar com uma liana de adorote amarrada como cinto. É também conveniente levar sementes de cavalonga no bolso ou um ramo recentemente cortado de guayacán (araguaney). Também levar escapulários e medalhas benditas e ir rezando a oração a São Isidro Lavrador, advogado dos montes e das serranias.

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